Transições de carreira: em busca de Sentido

Nov 13, 2024

Num cenário em que a mudança é nossa única certeza, as transições de carreira se tornam uma realidade quase inevitável. Essas mudanças são experiências intensas, que misturam o desejo por algo novo com o desconforto de deixar o que é conhecido para trás. Mesmo assim, cada vez mais profissionais estão recalculando suas rotas. 

Nesta edição, você vai descobrir o que leva tantas pessoas a repensarem suas trajetórias profissionais e entender mais a fundo porque falar de carreira é tão importante. Além disso, vamos explorar as incertezas envolvidas nas transições, e como encará-las de uma forma diferente.

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Você já pensou em mudar de carreira?

Se a resposta for “sim,” você não está sozinho. Segundo a Você RH, 8 em cada 10 profissionais já consideraram uma transição para um novo campo de atuação. Esse desejo é comum tanto entre jovens quanto profissionais com carreiras consolidadas. E não é difícil entender o motivo: vivemos em uma época onde o mercado de trabalho passa por transformações profundas que alcançam as nossas aspirações. 

Para muitos, a ideia de mudar de carreira pode até parecer simples, mas envolve um processo de transformação complexo e profundo sobre a própria identidade representado no questionamento: o que realmente importa para mim e o que será preciso desconstruir para continuar crescendo e alcançar realização.

Por que as pessoas estão insatisfeitas com o trabalho? 

Segundo a pesquisa The State of the Global Workplace, da Gallup, 60% das pessoas em todo o mundo se sentem emocionalmente desconectadas do trabalho. A falta de sentido e de propósito afeta não apenas a produtividade, mas também a saúde mental de quem já não encontra motivos para continuar no mesmo lugar.

Mas quais as causas dessa desconexão? De acordo com a pesquisa “O trabalho e seus sentidos”, o trabalho pode assumir sentidos muito diferentes para cada pessoa, como: 

  • Satisfação pessoal: muitos buscam no trabalho uma fonte de realização e prazer, através de atividades que tragam motivação, desafios e oportunidades de criação.
  • Independência e sobrevivência: o trabalho pode ser fonte de autonomia financeira e psicológica, como uma maneira de garantir estabilidade e sobrevivência. O desejo de não depender de terceiros pode ser um dos principais motores da carreira.
  • Crescimento e aprendizagem: trabalhar é uma oportunidade de aprender novas habilidades e conhecimentos, explorar o próprio potencial e buscar pelo crescimento.
  • Identidade: para muitas pessoas, o trabalho é também uma parte importante da identidade. Quando alinhado com seus valores e aspirações, ele contribui para uma autoimagem positiva e para o senso de propósito na vida.
  • Utilidade: se sentir útil é uma das motivações mais profundas. Profissionais que percebem que estão contribuindo para algo maior, ajudando a resolver problemas e a melhorar a vida de outras pessoas, têm uma relação mais positiva com suas ocupações.
  • Relacionamento e inserção social: o ambiente de trabalho é também um espaço importante para a criação de laços. Para muitos, os relacionamentos profissionais trazem suporte emocional, senso de pertencimento e ajudam na construção de uma rede de apoio que vai muito além do trabalho.
  • Contribuição social: por fim, há aqueles que buscam, por meio do trabalho, fazer uma diferença no mundo. O desejo de contribuir para causas maiores e para o bem-estar coletivo é uma motivação importante, que fortalece o senso de comunidade.

É justamente por ser tão multifacetado que o trabalho pode gerar tanto satisfação quanto insatisfação. Quando o trabalho não atende a essas necessidades e se torna mais fonte de estresse do que de realização, surge a desconexão emocional. Essa sensação de vazio leva muitos profissionais a repensarem sua carreira e a buscarem caminhos que estejam mais alinhados com suas aspirações e valores.

Quais são os riscos envolvidos?

Basta observar o estado atual do mercado de trabalho para perceber que os desafios existem até mesmo para quem não busca pela mudança, e que nem sempre ela é intencional. Diminuição da oferta de empregos formais, precarização das condições de trabalho e aumento da informalidade são algumas das dificuldades que atingem tanto quem deseja fazer uma transição quanto quem prefere se manter na mesma posição. 

Diante dessa realidade é difícil não se afetar, e os medos são muitos. Ainda segundo a Gallup, os principais desafios envolvidos nas transições de carreira são: a dificuldade de desenvolver novas habilidades de carreira; encontrar novas oportunidades; correr o risco de se frustrar com a nova área; e a diminuição do salário atual. 

Ou seja, as transições de carreira envolvem muito mais do que uma simples troca de emprego, é um processo intenso de adaptação, que exige muita honestidade e clareza para entender quando é o melhor momento de apostar nessa jornada.

Em média, uma pessoa passa por 5 a 7 mudanças de carreira ao longo da vida. Seja por iniciativa própria ou por circunstâncias externas, essas mudanças trazem novos desafios e a necessidade de desenvolver a própria adaptabilidade.

Diante da insatisfação, o que fazer?

Transições de carreira exigem recomeços, e mesmo que isso traga incertezas, pode ser também o caminho para uma vida mais significativa. Tudo depende de como essa mudança será conduzida, da disposição em reavaliar a sua jornada até aqui e também do apoio que você terá. Por isso, preste atenção nos seguintes pontos:

  1. Encare o autoconhecimento como o primeiro passo: transições de carreira são oportunidades para entender melhor quem você é, quais são seus valores e o que você deseja para o futuro. Pular para outra direção sem refletir sobre o que te motiva, o que você realmente valoriza e o que quer conquistar pode ser a receita para mais insatisfação. 
  2. Invista em desenvolvimento e aprendizado contínuo: para complementar o autoconhecimento, é preciso identificar as competências mais valorizadas na nova área para investir em cursos, certificações e práticas. Além de enriquecer seu currículo, isso irá ampliar sua rede de contatos e te preparar para os novos desafios.
  3. Procure pelo apoio de um Mentor: durante uma transição de carreira, ter um Mentor pode ser a diferença fundamental entre a satisfação ou a frustração. Um Mentor irá orientar sobre como suas experiências passadas se conectam com o que você busca e como pode mobilizar todos os aprendizados que acumulou para modelar uma visão de futuro clara e metas que façam sentido para você.

Na Campos Futuros, reconhecemos que em meio a tantas incertezas, decidir por uma transição de carreira pode ser ainda mais desafiador. Por isso desenvolvemos a Jornada Mentor do Futuro para aqueles que querem fazer do seu novo momento de carreira uma possibilidade de também se desenvolver numa Profissão do Futuro. Descubra!

🌟#inspiração

“A vida não é sobre se encontrar. A vida é sobre se criar.” – George Bernard Shaw

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Colaboro com o desenvolvimento de Inteligência Humana para promover novas consciências e formas de se construir um novo mundo.

ELZÍ CAMPOS

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